Experimento: observação naturalística
Ponto de ônibus do Banco do Brasil
Era o fim
do dia, 31 de julho, também era o fim do mês. Escolhi esse lugar pela
causalidade do destino ou circunstância de mais um dia de estudo. Fiquei ali
nesse local pouco mais de uma hora; fiquei em pé, como se fosse um passageiro a
espera do ônibus ou de uma lotação. Fiquei a esperar disfarçadamente de
passageiro. O vento gelado do fim dia era outro ingrediente importante para
essa observação. Mais um trabalho de experiência do sensível, já deve ser o
décimo segundo ou décimo terceiro trabalho, no mínimo. Mas tudo bem.
Nesse horário
de 17h40min em diante, o tráfego é muito intenso, é muito comum ouvi buzinas,
arrancadas velozes pela rua, barulho de carro, barulho de motos e os gritos,
Baianão, Cambolo, Mirante, Paraguai, Cabrália, Vila Valdete, uma vaga, duas
vagas... a todo instante é isso. Ônibus encosta e sai do ponto toda hora, as
lotações que são impossíveis contar, devido a grande quantidade. Uber também
aparece, passou um para pegar um casal de turista que ia à orla.
Parecia
brotar pessoas nesse local, gente surgindo não sei de onde; um corre entre os
carros para conseguir embarcar no ônibus, mas a maioria usam a faixa de
perdeste, e os motoristas dos carros já avança a faixa antes mesmo da pessoa
atravessar, parecido com o desenho do senhor volante, de Walt Disney. Cada perdeste
passa com três ou quatro sacolas, passam rápidos com a vontade de chegar em
casa estampada ao rosto. Uma mulher com várias sacolas e uma criança de colo e
mais outras duas maiores, já está há algum tempo aqui, parece impaciente, tão
grande é a pressa de chegar em casa. A criança em seu macacão azul, ora é
jogada para direita, ora para esquerda, a mãe parece não encontrar uma posição
agradável.
Os
taxistas também estão no ponto à procura de passageiros, os tempos são outros
quando a concorrência não existia e eles eram soberanos na arte de explorar turistas.
Quem em Porto Seguro não explora turista e moradores, quem? Um dos taxistas
completou vamos, vamos, e as pessoas o seguem com. toda disposição. De repente
chegou uma senhora, ela fica ao meu lado, e deixa a sacola cair, não pude
ajudar, pois me lembrei das orientações do professor. Fiquei quieto parecendo
nem perceber aquela situação.
As motos
passam costurando os carros, passam velozes, parecem querer pisar literalmente
em alguém. São motos de todas as cores, de todos os modelos que você possa imaginar;
algumas são de entregadores de pizzas, mas a grande maioria são moradores
apressados, para um lugar que tudo é muito perto.
Á noite
chegou e as luzes nesse momento já toma conta de tudo, amarelas e vermelhas são
a grande maioria, quem vem e quem vai deixe desenhado no ar o seu destino; de
acordo as direções dos passageiros. Aqui nesse lugar é um caos, a faixa de perdeste
não tem farol, é um Deus nos acuda, pois quem tiver a unha maior vence essa
batalha do fim do dia, que hoje concidentemente também é o fim do mês.
No ponto
de ônibus tem mais gente em pé do que sentada, muito mais... Perto das faixas também
fica uma concentração enorme, como as lotações não podem parar no ponto, eles
param na faixa, ou antes, dela. Apesar de que algumas lotações desobedecem e
estacionam no local do ônibus. Existe também o barulho das conversas, são
muitas ao mesmo tempo em que impossível saber em qual delas o seu ouvido presta
atenção. Poluição de todas as espécies: barulho, sujeira e informações jorrando
de todos os lugares, dos ônibus, dos carros, das motos, do ar, de todos os
lugares, essa é a vida moderna, de tão moderna que tudo parece fora do lugar.
Ligações de celular, gritos, mensagens de Whatsapp, acenos, ufa, é quase
impossível escrever em detalhes tudo que acontece ali, ao vivo e a cores.
Ciclista que vem da orla de seus treinos, gente que passa apressada correndo,
filas e mais filas de gente em pé. Essa é a realidade de um fim de dia no ponto
de ônibus do Banco do Brasil.
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